domingo, 1 de fevereiro de 2015

História da Cidade de Anápolis, Estado de Goiás, Informações Históricas relevantes da fundação da cidade.

Surgimento e povoação
 
Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis), Corumbá de Goiás, Santa Cruz, Bonfim (Silvânia) e Vila Boa (Cidade de Goiás). Os principais cursos de água que cortam a região de Anápolis - João Cezário, Góis e Antas - tinham dupla importância no translado desses garimpeiros: eram sítios de descanso e serviam como referência e orientação na viagem. Abandonando os sonhos de aventura e de riqueza em face da exaustão do precioso metal nas lavras antes promissoras, muitos daqueles viajores optaram pelas margens do Antas para estabelecer moradia, constituir família, explorar a terra.
Já no século XIX o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire fez anotações em seu diário de viagem em que descrevia uma fazenda "que era um engenho de açúcar do qual dependia um rancho muito limpo, no qual nos alojamos". Era o ano de 1819 e o lugar descrito pelo estudioso francês, a Fazenda das Antas. O certo é que pelos idos de 1833, os fazendeiros de há muito fixados às margens do Riacho das Antas, tinham por costume se reunir em casa de Manoel Rodrigues dos Santos, um dos primeiros moradores do lugar, e aí realizavam novenas e orações. Registros históricos da época confirmam que no ano de 1859, a área de terras que constituía propriedade de Manoel Rodrigues dos Santos era um aglomerado de quinze casas.
A 25 de abril de 1870 surge o primeiro documento oficial sobre Anápolis. Um grupo de moradores constituído por Pedro Roiz dos Santos, Inácio José de Souza, Camilo Mendes de Morais, Manoel Roiz dos Santos e Joaquim Rodrigues dos Santos fez a doação de parte de suas terras para a formação do que se denominou de Patrimônio de Nossa Senhora de Santana.
No ano seguinte, nas terras doadas, Gomes de Souza Ramos construiu a Capela de Santana o que fez o lugar florescer rapidamente, pelo que foi elevado à Freguesia de Santana, sobrevindo depois os estágios de vila e de cidade.
 
Imagem secular
 
A imagem da santa padroeira de Anápolis - que segundo relatos pertenceu a Dona Ana das Dores, mãe de Gomes de Souza Ramos - esteve por muitos anos preservada fora da cidade. Localizada em Pirenópolis foi trazida para Anápolis onde é guardada como relíquia histórico-religiosa, na Matriz de Santana.
A imagem tem uma saga que remonta a 142 anos, portanto quase sesquicentenária. A comunidade católica de Anápolis dedica devoção especial à sua padroeira, cujo onomástico se celebra a 26 de julho, quando a imagem centenária pode ser admirada durante a novena precedente àquela data que se celebra na Matriz de Santana, todos os anos.
 
Desígnio
 
A devoção a Nossa Senhora Santana influiu de forma inequívoca na fundação de Anápolis. A partir da construção de uma pequena capela, em 1871, por Gomes de Souza Ramos, formou-se a aglomeração urbana que se constituiria dois anos depois em Freguesia de Santana das Antas.
A outra versão que preserva um cunho mítico sobre o surgimento de Anápolis, conta que a fazendeira Ana das Dores de Almeida viajava de Jaraguá para Bonfim (atual Silvânia), quando em determinada etapa da viagem um dos muares de sua tropa (a mula que conduzia a imagem de Santa Ana) desgarrou-se dos demais. Localizado o animal, resultaram inúteis os esforços para fazê-lo retomar a marcha, o que levou a devota a interpretar o fato como se manifestação de que "a santa ali desejava ficar". A viajante fez propósito de que mandaria construir uma capela no local onde seria introduzida a estátua sagrada. Essa determinação de Dona Ana das Dores foi concretizada por seu filho, Gomes de Souza Ramos, 11 anos mais tarde.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

 
Construção do Hospital Evangélico Goiano, na Praça James Fanstone, Centro da Cidade de Anápolis, Goiás. Postagem do Anapolino, Eduardo Antonio Rodrigues de Carvalho. Fotos da Rua Manoel da Abadia, logo no final, lembranças da Advocacia Lourenço Dias, fundada pelo meu avô materno, Senador José Lourenço Dias, jornalista, pensador, advogado rábula onde com muita dificuldade no final do século XIX, conseguiu em Pirenópolis a sua cidade natal, assimilar na Igreja da Matriz com os membros do clero, noções da Língua Latina, Português, Aritimética e noções de direito romano, naquela época escolas não existiam na antiga província de Goiyaz e quem quisesse estudar tinha que ter muitos recursos financeiros para ir para o Rio de Janeiro, São Paulo ou Portugal. Foi   patriarca de uma família numerosa, que deixou a educação para os seus filhos que se graduaram em Direito e muito cuidadoso e cauteloso, montou um Escritório de Advocacia com um acervo de livros de direito relevante e com um aparelho telefônico que foi um dos primeiros a ser instalados na cidade, que desse modo continuaram a sua obra na dedicada profissão do Direito, foram eles, os Doutores, Adahyl, o melhor advogado do Estado de Goiás por mais de 50 anos, Doutor das Letras Jurídicas e membro da Academia de Letras Jurídicas e de Direito Comparado, também atuou muito aqui em Brasília como Consultor Jurídico de muitos Ministros do Supremo Tribunal Federal, na época, durante a ditadura militar presenciei as consultas, modelos de jurisprudência e doutrina que o Dr. Adahyl cedeu para um ministro do supremo que o admirava muito pelo seu trabalho no desenvolvimento de teses judiciais e modelos de petição, era sempre convidado pelo então ministro da suprema corte a conferir os cabedais de documentos, a posteriori esse ministro teve um acidente e tendo em vista as gravidades dos ferimentos veio a falecer, talvez sepultado no cemitério da Consolação em São Paulo, lembro me muito bem desse ilustre ministro.   Em continuidade sobre os jurístas da Manoel da Abadia não posso  esquecer dos outros irmãos que compunham a banca juridical: Wilson Lourenço Dias, ou mais conhecido Zuzu Lourenço, advogado especilizado em dieito civil, notabilizou-se muito por sua sagacidade e inteligência brilhante, O Ditim Lourenço, foi um advogado extremamente popular em Anápolis, criminalista defensor dos mais necessitados e desesperados que cometeram deslizes e improbidades na vida e que encontram um amparo e um defesor na esfera judical. Mesmo aqueles que são criminosos ou que cometeram crime, não devem ser discriminados ou malignizados no meio social, pois sempre existe a possibilidade de arrependimento dos altos faltosos e a regeneração do indivíduo  para a vida em sociedade, A DEFESA CRIMINAL É UM DIREITO DO RÉU, MESMO SENDO ACUSADO DE CRIMES; Doutor Benedicto ou simplesmente o Ditim Lourenço foi o     amigo de todos, o hospitaleiro, o intelectual, o ilustre e solidário de sempre, fica a saudade de tempos passados.

Anápolis, Goiás, Fotos Antigas e Históricas da Cidade

Construção do Hospital Evangélico Goiano, na Praça James Fanstone, Anápolis, Goiás. Postagem do Anapolino, Eduardo Antonio Rodrigues de Carvalho.


ANÁPOLIS DE ANTIGAMENTE - FOTOS HISTÓRICAS